A paralisia cerebral é classificada como uma síndrome causada por uma lesão no cérebro que pode ocorrer desde a gestação até os dois anos, idade em que o cérebro da criança termina de se formar. Estima-se que a síndrome atinja 0,2% dos bebês que nascem, ou seja, 1 a cada 500.
Sem dúvida, é a causa mais comum de deficiências graves da primeira infância. A paralisia cerebral não é progressiva uma vez que o quadro do paciente não piora com o passar do tempo. Mas ela vai determinar o surgimento de limitações motoras e psíquicas na criança para o resto da vida.
Causas da paralisia cerebral
Para entender as causas da paralisia cerebral, podemos dividir seu aparecimento em três momento distintos:
Gestação: relacionado a saúde da mãe como diabetes, doença tireoidiana, pressão alta, infecções causadas por vírus como a toxoplasmose, herpes e a rubéola, descolamento prematuro de placenta e tumores uterinos. O uso de substância tóxicas como cigarro, álcool e outras drogas também pode afetar o desenvolvimento do sistema nervoso central.
Parto: fatores relacionados ao parto também podem provocar paralisia cerebral, são eles: redução da pressão parcial do oxigênio e da concentração de hemoglobina durante o parto, nascimento prematuro, pouco peso, demora no trabalho de parto, perda de sangue e nó do cordão umbilical.
Primeira infância: depois do nascimento, a paralisia cerebral também pode surgir em situações como meningite viral, traumas na cabeça, mal-convulsivo e aparecimento de tumores no sistema nervoso central.
Não
Tipos e sintomas
A paralisia cerebral pode ser classificada de três maneiras, de acordo com a região do cérebro que é afetada. Veja quais são:
Paralisia cerebral espástica
É a mais comum e afeta a região do córtex responsável pelos movimentos. Dessa maneira, os bebês têm menos força e ainda sofrem enrijecimento dos músculos. Também é notado contraturas e encurtamento musculares. As estruturas ósseas também podem ser comprometidas.
Paralisia cerebral extrapiramidal
As lesões surgem nas regiões mais interiores do cérebro. Isso provoca movimentos involuntários na criança – chamados de espasmos – e também o que os médicos chamam de distonia, uma mudança significativa no eixo corporal. Esse tipo de paralisia vai prejudicar alguns marcos importantes da primeira infância como sentar, engatinhar e andar.
Paralisia cerebral atáxica
Esse é o tipo mais raro e a lesão cerebral ocorre no cerebelo. Ele compromete o desenvolvimento da coordenação motora das extremidades do corpo como mãos e pés, e também e equilíbrio. Assim, pode haver atraso para que a criança comece a andar e também problemas ligados a fala e algum tipo de comprometimento mental.
Cadeira de rodas
As crianças que apresentam a paralisia cerebral, na maior parte, precisam utilizar cadeira de rodas para a locomoção. Isso porque nessa doença os músculos são muito afetados impedindo que o paciente consiga caminhar.
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